quarta-feira, 4 de maio de 2011

Osama, Obama e as questões políticas/religiosas.



Desde o início da semana a única coisa que vemos nos grandes portais de notícias (ou até mesmo na mídia offline) é a morte de Osama Bin Laden, o maior vilão do mundo. Aquele que acabou com milhares de vida e fez história. Aquele que deu início à guerra contra o oriente médio. Aquele que todos desejavam a morte.

Então os fatos são: em uma operação norte-americana Bin Laden foi encontrado em uma cidade próxima ao Paquistão e morto. Em seguida, Barack Obama se consagra o grande herói anunciando ao vivo a morte do terrorista. Um ano antes da eleição norte-americana, meses depois da antecipação de sua campanha online. Coincidência? Duvido.

A estratégia política de Obama é clara. O 11 de setembro ainda está na garganta dos americanos. Uma atitude “heróica” seria eliminar o vilão, e ele o fez, praticamente garantindo sua reeleição. E o mundo celebra como se a morte de Bin Laden fosse apagar o fatídico dia. Porém, há exceções nas opiniões.

Pra começar discutir isso eu entro na questão da religião – discussão muito difícil. Eu não sou cristã, já fui. Hoje não sigo nenhuma – respeito todas. Acredito que todos precisam de fé, precisam de algo para se assegurar que faz o certo ou o errado. Precisam de um porto-seguro e um alicerce para suas ações. E isso nem de longe é um julgamento, são fatos. Religião é uma opção, eu optei por não seguir, pois, acreditem, eu tenho a minha própria fé.

Enfim, minha decisão foi tomada justamente por ter conhecido praticamente todas as religiões existentes no mundo. E então eu estudei, li, fiquei chocada, admirei e concluí que nenhuma me servia. Porém, para nós ocidentais, o cristianismo predomina. E o que se aprende é que Jesus perdoa e ama, entre tantos mandamentos e sábias palavras. Porém, Osama Bin Laden nunca acreditou e seguiu Jesus. Osama tinha como religião o islamismo, onde matar e morrer faz parte da fé.

Não escrevo hoje para explicar religião, e sim para opinar sobre o acontecimento do mês, que será um dos principais fatos mostrados na retrospectiva no final do ano. É uma questão que, segundo os líderes religiosos cristãos, Deus poderia julgar. E é uma questão que, segundo os líderes religiosos islamicos, na Terra se resolve. E agora eu me pergunto: até que ponto a morte de Osama Bin Laden é certa?

Para ele, a morte de quase 3 mil pessoas em 11 de setembro de 2001 foi obra divina. Para os Estados Unidos, uma tragédia. E as ideologias não se cruzam, e as culturas não se entendem e o resultado disso tudo: sangue e morte. Vale a pena? Me diga você.

Um comentário:

JR. BORJA disse...

ÓTIMO POST. CONCORDO BASICAMENTE EM TUDO O QUE VOCÊ ESCREVEU. ESSA DIPLOMACIA REIGIOSA, ESSA FORMA DESCABÍVEL QUE PESSOAS FUNDAMENTALISTAS TEM DE VER O QUE É CERTO E ERRADO É ALGO REVOLTANTE, A MANEIRA MANIPULISTA DE QUERER CONTROLAR SE COLOCAR COMO UMA VERDADE ESSA COISA COM EMBASAMENTO RELIGIOSO É ALGO REPULSIVO. NÃO SABEMOS VIVER A NOSSA FÉ, QUEREMOS OBRIGAR AS OUTRAS PESSOAS A VIVEREM.