Relaxa galera, não é um post mega entusiasmado pra dizer o quanto a coleção do Ronaldo Fraga estava linda, e sim abordar a forma inusitada em que a coleção foi mostrada.
No deslife Outono/Inveno do SPFW de 2010, Ronaldo homenageou a coreógrafa Pina Bausch (1940 – 2009). Para ser sincero, não sei quem foi ela (podem me chamar de ignorante, com razão), mas acho que isso não influênciaria muito sobre o que tenho para falar do desfile.
Sempre fui apaixonado por abordagens inusitadas, criativas e chocantes. Surpreender mesmo. E esse desfile, de certa forma, me chamou atenção.
Normalmente, em temporadas de moda, acompanho apenas coleções masculinas, por gostar de saber o que estão ditando como tendência, para nós, homens. Mas, no instante eu que eu vi a pequena foto de divulgação do desfile do Ronaldo no UOL, imediatamente precisava ver. Vamos dar uma olhada em algumas fotos:
Sentiram a "vibe" da bagaça?
Chega a ser assustador em alguns angulos, por mais suave que Caetano Veloso ou o acordeon soe ao fundo. Os modelos circulam as cadeiras com máscaras atrás da cabeça (dando uma sensação estranha) e os cabelos tampando seus rostos.
Ao mesmo tempo transborda personalidade.
Apaixonante, belo e lindo e também cheguei a citar a palavra agoniante no Twitter. Da vontade de ir até lá e limpar a visão das modelos, ao mesmo tempo em que se quer correr das máscaras bizarras. Mexe com os sentidos, não?!
Sempre fui um pouco contra essa mania de menininas e gostosinhos cruzando pra lá e pra cá na passarela, com uma música monobeat ao fundo. Como um clichê publicitário e amante do cinema, sempre imaginei que uma coleção poderia SIM ser um espetáculo e se utilizar de TUDO que é possível para não só mostrar as roupas mas também, a alma da inspiração para aquelas criações.
Mas, quando comecei a conhecer a essa índustria um pouco mais a fundo, ví que buscam por isso, mas nem sempre é possível. Aquela coisa de ter idéias bacanas mas não ter grana, ou tempo, ou permissão do governo, ou nenhuma delas, para ser feita, que todo publicitário conhece, mas é claro, a lá indústria da moda.
Acredito que Ronaldo Fraga conseguiu dar um passo além com esse desfile magnífico, que mesmo não assistindo pessoalmente, arrepiei, só de ver as fotos.
É, vocês vão notar que as vezes dou um overreacting em cima de algumas coisas pouco relevantes, mas é que admiro muito coisas que me surpreendem.
Não sei se isso é novidade, não sou conhecedor profundo do assunto. Tenho minhas dúvidas porque já vi desfiles mega inovadores (como o caso da Diesel com holografia). Mas, de todos inovadores que vi, esse chamou mais minha atenção pelo apelo desconforto/beleza que ele causou em mim.
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